14 de abril de 2011


E a saudade está dentro de mim. Ela grita, ela range, se manifesta, e persiste. Tão dolorosa que chega ao ponto de ser uma dor física, que corrói, que dilacera. O que posso fazer diante dela ? Nada. Porque ela só vai embora quando você voltar. Essa é a condição para que ela suma, tê-lo aqui, comigo. Não há nada que eu deseje mais que ter você, não há abraços mais almejados que os teus, lábios mais ansiados, olhos mais cobiçados. Sinceramente, não há ninguém que eu queira mais que você. E me pergunto quando poderei realmente tê-lo . Um ano, dez, vinte .... ? Não sei, e essa incerteza me mata. Mas eu não vou me render à tristeza, como eu disse, eu esperei dezessete anos para encontrá-lo, portanto posso esperar mais para possuí-lo efetivamente. Para ter-te comigo. É o que eu preciso. Passar tardes inteiras despreocupadas ao teu lado; rir de e com você; fazer cafuné em ti; irritar-te com meus milhares de ‘’aham’’ , te abraçar a todo instante; ter o nosso banho de chuva; acordar contigo trazendo meu café ou acordar e vislumbrar teu rosto; chamar-te de boboquinha, e dizer o quanto te amo; segurar em tuas mãos e ter plena certeza de que és real; viajar contigo por aí, sem preocupações; conhecer tua casa na Argentina ; passar tardes inteiras deitada ao teu lado, assistindo qualquer coisa na tevê sem realmente me preocupar com o que está passando, simplesmente só prestar atenção em ti; sentir tua respiração em meu pescoço, teus carinhos; ver você, amar-te, sentir-te , eu quero apenas isso. Estar rodeada, inundada, preenchida por você, seu cheiro, seu gosto seu toque. É por isso que eu prossigo, apesar de tudo o que me faz cair, eu me levanto, apenas pela lembrança da tua voz, pela vontade de você. Meu, sempre meu, ainda que distante, ainda que demore, serás meu. Porque contigo, tempo e distância tem um significado diferente. Assim, eu aprendi a encarar a distância não como algo que nos separa, mas sim como algo que fará valer cada segundo quando estivermos lado-a-lado.

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