22 de junho de 2011


E eu achava que escrevendo conseguiria esclarecer esse turbilhão de sentimentos dentro de mim . Tão tola, tão ingênua. Talvez ajude, é verdade, mas sei que serei uma eterna incógnita, tanto para mim, quanto para os outros. Como explicar o que eu sinto ? Como dizer que eu amo e odeio a mesma pessoa ? Como falar que eu queria que nesse exato momento ela me pegasse nos braços, e dissesse que me ama, e quase que imediatamente desejo que ela esteja o mais longe possível de mim ? Como vou conseguir entender que eu quero e preciso ficar longe dela, das palavras, dos gestos, de tudo, e que ainda assim, eu preciso estar perigosamente perto ? Deus, estou ficando louca ? Que pergunta idiota. Eu sou louca. Com toda certeza. Sou insana. Insegura. Inconstante. Intragável. In , in in in ... quantos in’s ainda existem ? Milhares, mas tenho preguiça de falar todos os meus. Será um mistério, o meu mistério, ou quem sabe o nosso. Eu quero me desvendar. Minto. Eu quero que você me desvende. Ou ao menos tente. E venha, e me encubra, e descubra. E me olhe, e se encante, me encante. E me prove, sinta meu cheiro, meu gosto, meu calor, e deixe que eu faça o mesmo. E me envolva, com palavras, com suspiros, com carinho, com seu corpo. Só não deixe que essa minha confusão e minha coleção de in’s te assustem. Elas já me assustam o bastante, não deixe que façam o mesmo contigo. Expulse-as, e fique apenas comigo. Nem precisa ser pra sempre não, meu amor, pode ser por essa noite, esse mês, quem sabe esse ano ? Mas fique comigo, e seja inteiramente meu no ‘nosso pra sempre’.

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