14 de agosto de 2011

De repente você descobre que tudo que vivera até agora era uma mentira. Descobre que tu amastes alguém que nunca existira. De repente você se pega lembrando; Lembrando dos momentos que passaram juntos, das conversas, das palavras, daqueles planos de passarem tardes inteiras e descompromissadas juntos, e daquele tão sonhado banho de chuva. Então você se vê chorando. Chorando de saudades, chorando pela decepção, chorando de dor, de angústia, chorando de medo, chorando como uma tentativa desesperada de limpar a alma e o coração. E quanto mais tu choras, mais as lágrimas insistem em surgir, emergir e te inundar. Elas te afogam. Te afogam na imensidão e profundidade de sua dor. E elas te sufocam, como que para fazer você lembrar-se que o choro não mais cessará. Então elas exibem suas feridas , como se não bastasse a dor, seus machucados são expostos à todos. Então você enche seus pulmões de ar, tentando preencher-se de esperança. Inspira, expira. Inspira, expira. E nesse processo, a cada vez que o ar escapa, toda sua esperança é levada junto, deixando apenas aquela sensação de insuficiência, de perda, de falta. Falta algo, falta alguém. Um alguém que talvez nem tenha existido. E você sabe que por mais que o tempo passe aquele buraco sempre existirá, a dor, o vazio, continuarão incólumes. E você ? Bem, tu continuarás. Ainda que lhe custe a alma, tu prosseguirás, apenas pelas memórias. Apenas por alguém que não vai mais voltar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário