8 de maio de 2011


Ela ainda esperava. Esperava que enquanto ela se afastava dele, ele iria correr, segurá-la nos braços e dizer que não queria que ela fosse embora, que não permitiria isso. Ela quase sentia seus braços em volta de sua cintura, enquanto a chuva caia. Ela sentia seu cheiro, e seu hálito quente dizendo que ela era louca, insegura, ciumenta e todos os outros defeitos que ele conhecia de cor, mas que ele a queria dessa forma. Ela escutava a voz dele em sua mente, dizendo para ela que ele não desistiria do amor que ambos tinham. Ele iria dizer que não importava quantas brigas tivessem nem nada, que ele ia querê-la, sempre ela. E enquanto ela ia embora, enquanto se afastava, não resistiu e olhou para trás, para a porta, querendo vê-lo correndo em sua direção. Foi então que não viu nada. Nada além da chuva. Nada além do vazio. Então segiu, se arrastou em frente, com a chuva, com as lágrimas, com as lágrimas e chuva, sabendo que ele não voltaria.

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