14 de março de 2011


(...) Mas você, em sua crueldade amável, cruelmente à amou, cruelmente à acalentou, para depois arrastar o fim até ela. E destruiu, despedaçou, e queimou, e renegou, e assolou, os mais íntimos desejos daquela Menina Mulher, que antes, onde em teus olhos via a sinceridade forjada do amor, para depois ver apenas o abismo da solidão iminente à ela. Porque depois de todo o ocorrido, era o que a Pequenina via em seu caminho, os braços atrozes, o olhar gélido da tão esquecida solidão. Esquecida sim, porque ao lado do Lindo Falso Amado ela pensava que nunca encontraria a dita cuja. Mas o destino havia lhe iludido, e colocado a tão evitada em teu caminho. Destino ? Será que fora mesmo obra do destino ? Não, me engano, e engano a vós. Não foi o destino, fora o livre-arbítrio do outrora Dissimulado Lindo Amado. Culpar o destino pelos atos do referido, seria uma calúnia. Então a responsabilidade cai inteiramente nas mãos dos Falso Amado. E assim, um futuro incerto espera a Menina Mulher, que envolta em lágrimas e desespero se arrasta à ele.

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