17 de janeiro de 2011

Aquele momento

Chega certos momentos em nossas vidas que, por mais adultos que sejamos, por mais que já tenhamos andado as mas diversas trilhas que existe e conversado com as pessoas mais diferentes possíveis, bate aquele sentimento de "o que estou fazendo da minha vida ?/ por quê estou aqui ?". É o ser humano contra a sua existência, fonte de inspiração da corrente filosófica denominada de "existencialismo". Claro que não só a filosofia é capaz de responder essas perguntas, também há a(s) religião(ões) para quem prefira. Ou até mesmo ambos. Mas não estou nenhum pouco afim de chegar em tanto intelectualismo, hoje.

É só mesmo uma anotação sobre aqueles dias que o sono não tem mais aquela sensação que tinha anteriormente, passou se tornar uma espécie de botão ON/OFF. A comida que você mais ama não tem aquele tom de surpresa ou até mesmo o "gosto gostoso de sempre", só mesmo algo para você não correr o risco de desmaiar ou morrer. Daí falam: "- Ah, vá andar um pouco lá no shopping." Ah, tá. No mesmo lugar que vou toda vez que quero assistir a um filme hollywoodiano besta e onde há aquele tanto de empresas que acham que podem (e exploram) colocar uma simples roupa com um preço elevado por causa de um rasagado, quem sabe um símbolo diferente na estampa. Que ótima ideia !
Como é estranho o fato de tudo, um dia ou outro, quando chega a hora certa, perde toda a magia.

Quando sinto isso, é a hora que surge aquela vontade selvagem de pegar uma muda de roupas, mochila surrada, tênis mais surrados ainda, carteira de identidade e alguns trocados e ir embora. Não necessariamente abandonar tudo que tenho (não para sempre), um tipo de subterfúgio contra tudo e todos. Encaro essas vontades muito mais como expandir a cabeça, deixar um pouco o arroz/feijão e partir para um procurar algum prato novo. Por quê não ? Poxa, o mundo e tão imenso e alguns seres humanos tão pequenos. Parece que é no mínimo contraditório.
Acho que ele está "naquele momento"
Infelizmente, eu sei que depois de algum tempo, isso não fará mais tanto sentido para mim. Por quê ? Pois estarei de novo dominado por tudo que acho cômodo e duradouro. Sem querer me arriscar ou pensar de mais. Grave erro, grave. Só que, da próxima vez que chegar nesse ponto, tudo será muito diferente. Esperarei na rodoviária alguém que leu isto. Estarei com a minha mochila surrada, okay ?

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