26 de janeiro de 2011

História expressa

Ele acordou depois de passar pelos processos básicos: abrir os olhos, tomar-se conta de que o dia passou e que é necessário começar um novo. Cabelos desgrenhados, pálpebras pesadas, ainda, e uma boca seca. Como seria aquele dia ? Identicamente a qualquer outro de sua semana: trabalho, alguma meninas para tentar dar em cima, ir para cama com algumas delas ou ligar para a família. 
Será que seria realmente começar um novo dia ou iniciar mais um ciclo de repetições, sem sentido ou emoções definidas ? Mas que assunto pra pensar em plena 7 horas da manhã de uma quarta-feira tão estagnada.
O telefone tocou repetidamente durante aquele dia: era o chefe do trabalho, a mãe preocupada, a não mais parceira de noite e a moça de uma operadora de telefonia oferecendo outra proposta enfadonha. 
Acho que é auto-explicativo
A pedido da família, a polícia visitou o apartamento naquele dia. A parta estava aberta, o silêncio prevaleceu até que as armas foram sacadas e apontadas em direção à porta. Encontraram tudo em ordem, aparentemente, exceto: a despensa revirada, o guarda-roupas com vestimentas faltando e o seguinte desenho na parede:

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